Ciclo de vida haplodiplonte

O polipódio, conhecido vulgarmente como feto, é bastante comum em Portugal, habitando preferencialmente locais húmidos e escuros. Estas plantas possuem um sistema vascular formado por tecidos condutores. A planta adulta é formada por um caule subterrâneo (rizoma) e folhas pinuladas -megáfilos.

O polipódio reproduz-se assexuadamente por fragmentação vegetativa do rizoma e sexuadamente através da formação de esporos, uma vez que os fetos não produzem sementes.

O polipódio é um ser haplodiplonte com fases haploides- geração gametófita - e diploides -

geração esporófita - bem desenvolvidas.

Na época de reprodução, desenvolvem-se soros na páginas inferiores da folhas. Os soros são grupos de esporângios, estruturas de cor amarela, multicelulares que, quando jovens, contêm células-mãe de esporos. As células-mãe de esporos sofrem meiose e originam esporos (células haploides) - meiose pré-espórica. Após um período de maturação os esporos são disseminados, pelo vento e por animais, dispersando-se por grandes áreas. Ao encontrarem condições favoráveis cada esporo germina e forma, por mitoses sucessivas, uma estrutura multicelular, fotossintética e de vida independente (planta adulta), o protalo. O protalo é uma estrutura haploide que funciona como gametófito onde se diferenciam estruturas pluricelulares, os anterídios - gametângios masculinos, e os arquegónios - gametângios femininos. Nos anterídios formam-se os gâmetas masculinos - anterozoides, que possuem flagelos permitindo que se desloquem na água para alcançarem o arquegónio onde se formam os gâmetas femininos - oosferas.

A fecundação é assim dependente da água para que os anterozoides se desloquem, e ocorrerá no interior dos arquegónios, formando um zigoto diploide (2n) que, por mitoses sucessivas, origina um esporófito (planta adulta diplonte) que desenvolve raízes permitindo-lhe ser independente do gametófito.

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